(Contribuição do diácono Ernando Gomes)
Gosto de enxergar Deus através da fragilidade humana de Jesus. Imaginá-lo humano e menino, bailando ao som da inocência. Sabendo que os pés vão se sujar na poeira palestina. Que não fará milagre maior do que amar...
Ele não cedeu à tentação do poder que esmaga. Não viveu para os aplausos dos poderosos. Poder e Jesus são palavras contraditórias. Ele não vestiu a máscara do herói, não tripudiou sobre os que não sabem. Não beijou as mãos das elites e suas manias. Era tesouro guardado na clandestinidade divina...
Nunca impôs. Sempre propôs. Não invadia sentimentos. Não brincava de Deus...
Jesus é um amor que dói. Não um amor de conveniências, como troco de supermercado. Não o amor malandro da verbalização ortodoxa. Não um amor de instituição. Jesus é amor de vida. Mistura de carne e sangue no chão sujo da história. Silêncio que respeita quem não tem mais o que dizer...
Jesus me amou assim. Sem excluir minhas falhas, fúrias e crises.Sem desperdiçar meus "ais". Ele não me submeteu aos testes da religião, apenas amou. Apenas ama. Esse "apenas" de Jesus é mais pleno do que os "se's" da religião. Jesus redefiniu amor...
Não há nada mais belo do que o retorcido da cruz irradiando amor puro. Puro amor. Se eu pudesse dar outro nome ao amor, seria Jesus.
Até mais...
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